Ah, como é mágico ver surgir na folha branca de papel um palácio, um museu, uma bela figura de mulher! Como as desejo e gosto de desenhá-las! Como as sinto nas curvas da minha arquitetura! (Oscar Niemeyer)
O Dia do Arquiteto e Urbanista, antes celebrado no dia 11/12, passou a ser comemorado no dia 15 de dezembro, através de resolução do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR, em homenagem ao arquiteto Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares, que tem nesse dia sua data natalícia.
Oscar Niemeyer, peça chave da arquitetura moderna no Brasil, viveu um século e merece sem dúvida alguma, essa homenagem pelo legado de sua obra que deu edificações de referência às cidades onde levou seu trabalho sendo reconhecido mundialmente. Mas curiosamente, o modesto Niemeyer sempre resistia a homenagens alegando que sua paixão era o combustível para o seu trabalho, e por isso não levava a sério as homenagens que recebia.
Apaixonado pelo seu trabalho, ele estava convencido de que a "arquitetura tem que fazer mais do que belos edifícios: tem que contribuir para melhorar a vida na cidade como um todo e incorporar os valores de inclusão, solidariedade e cooperação". Assim passava à todos não só seu talento singular, mas também seu perfil de grande humanista.
Em sua trajetória, Niemeyer marcou com seu talento como o grande arquiteto que foi, e também com exemplos do ser humano que tanto inspirou e ainda vai inspirar muita gente, em frases que se tornaram celebres, como algumas que transcrevo abaixo:
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo.
A vida não é justa. E o que justifica esse nosso curto passeio por ela é a solidariedade.
O que nós queremos na arquitetura, com a mudança na sociedade, não é nada especial, As casas de luxo serão menores. Os grandes empreendimentos urbanos, os cassinos, os teatros, os museus, tudo isso será maior, ainda porque, todos deles poderão participar. Não basta fazer uma cidade moderna. É preciso mudar a sociedade.
Sou pessimista diante da idéia de que o homem, quando nasce, já começa a morrer, como notou Jean Paul Sartre. Mas, na vida, caminhamos rindo e chorando o tempo todo: é preciso, então, aproveitar o lado bom da vida, usufruir o melhor possível e aceitar os outros como eles são. Sempre digo: o importante é o homem sentir como é insignificante, é o homem olhar para o céu e ver como somos pequeninos.
Ao completar cem anos, em entrevista para rede Globo, Niemeyer explicou como escreveria um verbete sobre si mesmo em uma enciclopédia:
"Diria que é um ser humano como outro qualquer - que nasceu, viveu e morreu. Sou um homem comum - que trabalhou como todos os outros. Passou a vida debruçado sobre uma prancheta. Interessou-se pelos mais pobres. Amou os amigos e a família. Nada de especial. Não tenho nada de extraordinário. É ridículo esse negócio de se dar importância".
A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem. (Niemeyer)
Parabéns à todos Arquitetos, que sonham e fazem acontecer!
Que possam com seu trabalho contribuir para construir um mundo melhor, mais humano e solidário como no sonho de Niemeyer.
Abraços,
Sejamos Felizes!
Eu gostaria de sugerir um post! rs
ResponderExcluirÉ sobre o trabalho de Margaret Mee, uma ilustradora botânica, que viveu no Brasil por 36 anos. Saiu um documentário sobre a vida e o trabalho dela e como suas ilustrações são, ainda hoje, referência para os trabalhos em botânica.
http://www.auepaisagismo.com/?id=Margareth-Mee-e-a-Flor-da-Lua&in=1193
Grande abraço!
Olá Sybylla, Já tenho um estudo para um post sobre Margareth Mee que publicarei em breve. Mesmo assim, obrigada pela dica.
ResponderExcluirBeijo no coração!