Tanto no plano físico como no espiritual, considerada como a essência da vida, a água é o símbolo da pureza, regenerescência, força e harmonia. E essa noção de água primordial é praticamente universal.
Desde os primórdios o homem buscou se fixar em locais próximos da água. Como elemento essencial para a formação de muitas civilizações, a água no decorrer do tempo, também se revelou como elemento estético dotado de muitas qualidades no processo do desenvolvimento paisagístico e arquitetônico através de profissionais que recorrem freqüentemente a este elemento com diversos propósitos, como por exemplo, evidenciar um ponto de interesse, como é o caso do Teshima Art Museum.
Localizado no topo de uma região montanhosa, na Ilha de Teshima, o museu parece uma gota d'água pronta para deslizar para o interior da terra. Com vista para o mar, o projeto colaborativo entre o arquiteto Ryue Nishizawa e o artista japonês Rei Naito, foi criado para interagir com o entorno arborizado ao integrar arquitetura e Natureza, fazendo com que o museu seja uma mediação entre o espaço Natureza e o elemento água. Seu desenvolvimento, ao integrar esses elementos, teve como objetivo provocar uma experiência sensível e pura nos seus visitantes.
Com uma estrutura que lembra uma gota d'água, o museu têm seu interior iluminado por grandes aberturas no teto, que iluminam uma única instalação onde se vê uma mistura sutil de água e objetos. O projeto teve como objetivo criar mais do que uma edificação para mostrar instalações de arte, criou assim um ambiente imersivo onde edificação e Arte tornam-se inseparáveis. E, nesse sentido, a visibilidade do projeto em sua totalidade requer toda a atenção através de todos os sentidos para que os visitantes tenham uma apreciação plena, ou seja, o projeto como um todo, paisagem, arquitetura, etc, é a própria Arte.
Com apenas 25 milímetros de espessura, o teto não possui vigas nem colunas de sustentação ao longo de sua extensão que varia entre 40 e 60 metros. Como uma bolha brilhante de sabão, a engenharia apresenta uma estrutura auto-sustentável que camufla com leveza a sua volumetria, contando ainda com duas grandes aberturas que permitem à construção respirar e tirar proveito da luz natural.
A rigidez branca dos pisos e paredes, aliadas as aberturas que permitem a entrada de luz e sons externos, alteram de acordo com os horários do dia, as dimensões dos espaços. Isso sem contar com as estações do ano que obviamente têm uma grande influência sobre a experiência como, as mudanças de luz e o vai e vem da água, que tornam o museu um espelho dos elementos naturais que o rodeiam.
Foi importante para nós criar um espaço arquitetônico que pudesse coexistir com o trabalho de Rei Naito e agir em harmonia com o ambiente da ilha. Nós propusemos um projeto arquitetônico composto por curvas livres ecoando a forma de uma gota d'água. Nossa idéia era que a forma como drop-curvo, criaria um poderoso espaço arquitetônico em harmonia com as formas do relevo ondulado em torno dele.
Ryue Nishizawa
Simbolicamente, enquanto pessoa e indivíduo, a gota d'água significa pureza e pionerismo na procura pela transparência consigo próprio e com os outros. Bem como, a capacidade de fazer parte de um grupo no sentido de juntar-se a outras gotas para tornar-se torrente. A gota d'água torna-se portanto, um símbolo apropriado para se utilizar nas áreas de desenvolvimento intelectual, espiritual e afetivo, nada mais apropriado para vivenciar uma experiência estética...
Abraços,
Sejamos Felizes!
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Fontes: inhabitat; designboom; teshima art museum.
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